Como construímos esse repositório
A catalogação dos acervos do Sobrevento começou em 2009. Começou pelos livros, pelos vídeos, pensando no que nos disse a Alzira Andrade, do Sobrevento: “pode-se fazer muitas ações ou organizar as coisas. É preciso encontrar um equilíbrio entre as duas porque uma efetivamente depende da outra”. Mais adiante, vimos que outras pessoas precisavam das coisas que tínhamos e toda a biblioteca que reunimos foi disponibilizada publicamente. Mais tarde ainda, vimos que precisamos fazer registros do que fazíamos. E depois vimos que os registros eram o mote para novas ações, até para nos entendermos, para nos reconhecermos e para reconhecermos afinidades com outros tantos companheiros (e nos aproximarmos deles). Olhar o que fizemos aponta um caminho para o nosso futuro.
Se em um primeiro momento nos valemos de programas de colecionadores, de bibliotecas; em um segundo momento era preciso que nos dedicássemos a um registro mais aprofundado, detalhado e cuidadoso. O Projeto Rumos 2016, do Itaú Cultural, nos abriu as portas para um registro profundo e extenso de nossos acervos de recortes, material gráfico (nosso e de terceiros), imagens, vídeos, figurinos, bonecos, caixas (como armazenávamos o nosso acervo e repertório), músicas, peças, artigos produzidos, além do avanço no registro de livros, periódicos, instituições, eventos, grupos e cias. de Teatro de Animação e o dossiês de todos os espetáculos que produzimos e projetos que realizamos. Uma tarefa gigantesca de que conseguimos, valentemente, ao cabo de dois anos, dar conta. Todo este material passou a estar registrado tanto no Sobrevento quanto no acervo do Itaú Cultural.
Faltava, porém, publicar o resutado desses trabalhos e a pandemia em 2020 nos fez propor ao Proac – Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo -, em um momento em que não podíamos fazer espetáculos presenciais, a organização e publicação desse acervo, somado à catalogação da infindável produção do Grupo e dos documentos que se unem à Biblioteca. Aprovado, o Projeto – patrocinado pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e pelo Governo Federal, por meio da Secretaria do Turismo e Cultura – deu uma casa virtual e pública a esses acervos: este site. Ainda há muito o que fazer: bibliteca de pdfs, publicação dos acervos catalogados de imagens, músicas, materiais gráficos, recortes… e muito mais. Uma tarefa sem fim. Mas que nos faz descobrir, a cada pequeno registro, a cada pequena ação, mil e uma coisas. Nos faz refletir e avançar.
Esse site foi construído a partir do WordPress e do Plugin Tainacan. Os temas utilizados são Shop Isle e Tainacan.
Agradecemos à equipe do Projeto Tainacan, do IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), em especial ao Vinícius Nunes, por suas orientações, soluções e correções.