O sombrista italiano Fabrizio Montecchi tornou-se mundialmente famoso com o seu "Teatro GiocoVita". Apesar de todas as inovações técnicas e dramatúrgicas do presente, ele nunca se esqueceu de que esse processo de desenvolvimento é baseado no tradicional teatro de sombras asiático. Ele apresenta o teatro de sombras contemporâneo como uma forma orgânica, caracterizada pelo fato de que elementos como os corpos de luz e sombra podem se mover livremente no espaço - ao contrário do teatro de sombras tradicional mais estático. Algo vivo surge para o observador, cujas partes trabalham juntas como os órgãos de um organismo. Fabrizio Montecchi apresenta ao leitor o tema passo a passo e o estimula a lidar com o teatro de sombras moderno. Ele volta à Idade da Pedra quando, após a descoberta do fogo, quando os primeiros teatros de sombras foram projetados nas paredes das cavernas - um fenômeno que ainda hoje é intrigante. A questão sempre gira em torno do que é a própria sombra, qual é sua verdadeira natureza. A tecnologia não é negligenciada neste trabalho básico: são explicadas fontes de luz, técnicas de manipulação, telas, criação de formas e outros auxiliares. O artista convida o leitor repetidamente a brincar com sua própria sombra - um jogo que pode dizer muito sobre a personalidade e a psique de uma pessoa.A paixão de Montecchi por jogos de sombras modernos fala de “Beyond the Canvas”. É um caso forte para o teatro de sombras como uma grande forma de teatro. | Doação de Gilson Motta.
